sexta-feira, 25 de março de 2011

Carta: Como foi a minha vida?


"Fui criança, cheguei a ter contentamentos. Tudo para mim parecia risos, alegria, felicidade. Porem ao chegar a minha idade de 11 anos , começou os primeiros passos de lutas contra o destino ,ele bateu a minha porta. Meu pai tinha naquela época seus 40 anos e que da mesma maneira bateu para ele o mesmo destino, foi rebaixado de categoria no seu emprego público e com isso veio os problemas financeiros e tirou o conforto humilde de nosso lar, ele não se conformou com o destino , para aliviar suas decepções procurou o alcool o qual não resolveu, findou seus sofrimentos aos 53 anos, e assim se foram 13 anos de amarguras. Naquela época eu estava com meus 11 anos e procurei emprego para conseguir algumas migalhas para amenisar os sofrimentos de minha mãe a qual agasalhava-se ao redor de seus 8 filhos.Ela esperava em resignação um dia melhor, mas isto custou muito tempo. Aos 18 anos, consegui ser um mini comerciante, e aos 22 anos já tinha alguma coisa,ou seja uns trocados.Neste período meu pai veio à falecer,mas como já tinha algum
recurso, fiz o seu enterro com dignidade e com classe,fiquei cuidando de minha mãe, e meus irmãos que ainda lhe rodeavam. Pude acompanhar os estudos de meus irmãos até depois de formados. Tudo estava a contento e aos 35 anos jé era casado com minha Maliza e tinha uma prole de 6 filhos. (Filhos: Maria do Carmo Cavalcanti,José Waldo Cavalcanti,Maria Claudia Cavalcanti, Maria Irene Cavalcanti,Valtério Cavalcanti Filho,Wilson Cavalcanti,Maria valéria cavalcanti e logo depois o caçula Henrique Nelson Cavalcanti); Nesta altura de luta surge me um fracaço nos négocios,época da Guerra(1947). O pós-guerra trouxe tempos difíceis e, em 1948 ,Este era o tempo da “euforia” do café, provocada pelos altos preços pós-guerra, no mercado internacional.

Mas no ano de 1948 a coisa mudou, em 1950 já possuia carros do ano, consegui prédio para o meu negócio e em mais alguns anos consegui residência própria, transformei os meus comercios em industrias. Fiz patrimônio construindo a fábrica ampliando os negócios, a esta altura já me pesava nos ombros os meus 60 anos e me sentia realizado, procurei colocar na época filhos(as) e genros para darem sequência ao império que eu tinha conseguido. Agradeço sempre a Deus por tudo que conquistamos e vivemos, mesmos diante de desentendimentos ocorridos na época que me abalaram muito. Peço a ele que dê aos meus filhos a mesma coragem que fui possuidor, para que possam crescer em paz, pois com Deus tudo é possível."     Ass: Valtério Alves cavalcanti

  REFLITA:
"Não é permitido irritarmo-nos com a Verdade"
"A ociosidade é que envelhece, não o trabalho"
"Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida"
"A parte que ignoramos é muito maior que tudo quanto sabemos"

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